"A cozinha é o mundo mais fascinante da casa, o mais coletivo. Um espaço que reúne sobrevivência, prazer, refinamento e civilização." (Nélida Piñon)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O Pequeno Príncipe


Aconteceu há alguns dias encontrar uma pessoa conhecida e, acompanhada de outras, fez questão de apresentar: - "Este é fulano, médico......esta é Dentista, eles moram nos Jardins"......(?!?)
Sabe que até hoje não me lembro dos nomes do médico e da dentista??? Fiquei tão estupefata com as apresentações que muda saí....e foi inevitável lembrar do clássico de Antoine de Saint-Exupéry, o Pequeno Príncipe, que nos conscientiza de como são estúpidos os rótulos que algumas pessoas (adultas) insistem em usar, esquecendo os valores reais de um Ser Humano. Como se fosse uma etiqueta de venda.....
E se tirar esta "etiqueta", o que é que sobra?? Talvez nada que valha a pena ser apresentado, não é?


Eis o texto do livro

..."As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: “Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?"
Mas perguntam: “Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?”
Somente então é que elas julgam conhecê-lo.
Se dizemos às pessoas grandes: “Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado…” elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa.
É preciso dizer-lhes: “Vi uma casa de seiscentos contos”.
Então elas exclamam: “Que beleza!”
Assim, se a gente lhes disser: “A prova de que o principezinho existia é que ele era encantador, que ele ria, e que ele queria um carneiro. Quando alguém quer um carneiro, é porque existe” elas darão de ombros e nos chamarão de criança! Mas se dissermos: “O planeta de onde ele vinha é o asteróide B 612″ ficarão inteiramente convencidas, e não amolarão com perguntas. Elas são assim mesmo. É preciso não lhes querer mal por isso. As crianças devem ser muito indulgentes com as pessoas grandes.Mas nós, nós que compreendemos a vida, nós não ligamos aos números! "...


5 comentários:

  1. Que bom ainda existe pessoas assim como voce. Por aqui esse tipo de comportamento eh bem raro entre os locais...mas infelizmente bem comum entre os fellows brazilians.
    Sabe eu tambem esqueceria o nome dos fulanos apresentados assim.
    bjs e bom fim de semana

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  2. Oi Tânia! Te achei no cozinhas do mundo, já tinha me esquecido do pequeno príncipe, que tanto adoro, e seu post me fez lembrar de algumas conhecidas que me irritam muito, pois tem essa mania de rotular tudo, acham o máximo conhecer o médico tal, a dentista a toa. Nada contra quem é, tenho o maior respeito!! Sou contra esse tipo de pensamento, gente que quer se mostrar maior que o outro usando os rótulos! Adorei seu post e suas receitas também! Beijinhos

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  3. FAzer o que com estas pessoas,né?!Nem sabia que ainda se apresentava algum assim no dia de hoje.

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  4. amiga querida..bom êsse mundo de pessoas que são apenas "pesoas!"!!e a gente se amar..por ser uma pessoa..não pelos numeros que se tem na conta do banco..ou pelo sobrenome famoso...ou por uma profissão de carreira..bom é ter :amigos!!!você me fez tirar do báu..meu livro amado:o pequeno principe!!e me emocionar de novo com ele..e..matar saudades!!beijo amiga querida e otimo resto de domingo..li

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  5. Não podia estar mais de acordo contigo.

    Aqui em Portugal tb são todos doutores, engenheiros... não compreendo como se dá tanta importância dos títulos e rótulos.

    As pessoas são sempre pessoas...

    **

    PS: Obrigada pela visita ao meu sítio... adorei o teu!

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