"A cozinha é o mundo mais fascinante da casa, o mais coletivo. Um espaço que reúne sobrevivência, prazer, refinamento e civilização." (Nélida Piñon)

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Festa da Linguiça de Bragança Paulista

Estive em Bragança Paulista esta semana e para uma curiosa em assuntos gastronomicos, aproveitei para visitar alguns dos 12 fabricantes da "Terra da Linguiça".
Bragança fica próximo a Capital, cerca de 90 quilometros, mas o tempo de viagem costuma ser maior devido ao caminho ser um tanto quanto complicado pela quantidade de caminhões que fazem o trajeto São Paulo - Minas pela Rodovia Fernão Dias.
A história da famosa receita feita com pernil cuidadosamente temperado e trabalhado artesanalmente começou no século passado com os colonizadores italianos.
Hoje existem várias versões da linguiça além da tradicional: com pimenta, com alho, com ervas, com queijo provolone, com vinho, com azeitonas, de frango, curada, defumada e o delicioso hamburguer de linguiça prensada......enfim, para todos os gostos.

Eu sugiro uma ida ao Estádio do Bragantino, na lanchonete de um dos fabricantes, com vista para o campo. É imperdível e com um pouco de sorte, poderá ver o treino dos jogadores. 
Eu adorei o lanchinho de calabresa com queijo e vinagrete.


Mas o intuito principal desta postagem é avisar sobre a 2a. Festa da Linguiça que vai acontecer neste final de semana (25 e 26 de agosto de 2012) em Bragança Paulista.
Durante estes dois dias, seis barracas vão oferecer variações com o ingrediente mais famoso da cidade.
Além disso, há uma extensa programação que poder ser conferida neste site.








segunda-feira, 30 de julho de 2012

Piracicaba - Um roteiro Gastronomico

http://zakuskas.blogspot.com

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Piracicaba faz parte do interior paulista, aproximadamente a 160 km da capital.
Não tem nada mais gostoso do que reunir amigos e passar um sábado ou domingo as margens do Rio Piracicaba, tomando uma cervejinha gelada, uma caipirinha bem feita, acompanhada de peixinhos fritos ou grelhados.
Do braseiro saem Piaparas, Tambaquis, Filhotes, Pintados e Salmões, sempre bem acompanhados de alcaparras, arroz e de um delicioso pirão.


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Esta é a famosa Rua do Porto de Piracicaba, que reúne vários restaurantes e petiscarias. Tem opções também para quem não curte peixes.
Piracicaba é a terra da cachaça, do milho verde e das famosas Pamonhas! 
Numa tarde de sol, depois de almoçar, caminhar pela beira do rio é um passeio delicioso.


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Minha outra sugestão (imperdível) é chegar na cidade ainda de manhã e visitar o Mercado Municipal de Piracicaba. Infelizmente o horário aos finais de semana é restrito e eles são super rigorosos no horário de fechar.
Não deixe de visitar e se acabar na barraca de doces caseiros da Jussara, Marília e Vadi Libardi. Eu ainda vou experimentar todos os doces, feitos com o mesmo carinho com que somos atendidos. A legítima Pamonha de Piracicaba desta barraca é maravilhosa.

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 Crédito da Foto: Marília
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 Bombocado viciante......
 Crédito da Foto: Marília
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Doce de Laranja
Crédito da Foto: Marília
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Doce de Leite com Ameixas
Crédito da Foto: Marília
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Doce de Batata Roxa
Crédito da Foto: Marília
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Curau e Arroz Doce
Crédito da Foto: Marília
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Figos Cristalizados
Crédito da Foto: Marília
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Ainda no Mercado outra dica é a Rotisseria O Comilão.....
Ao lado da banca uma mini fábrica de massas, onde tudo é feito lá.
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A construção que abriga o mercado é tombado pelo CODEPAC como Patrimônio Cultural, é referencia histórica.

Fica na Rua Governador Pedro de Toledo, 1336 – Praça Alfredo Cardoso.
Horário: Segunda à sexta: das 6:00 às 17:30. 
Sabado 6:00 às 13:00 – Domingos 6:00 às 12:00
Informações: Fone: (19) 3422-4130 ou 3433-5215

Doces Caseiros - (19) 3432-7315
O Comilão -   (19) 3434-5163

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dica - Casinha Doce - Brooklin - São Paulo



Foto: www.acasinha.com.br


Não, eu não sou nenhuma viciada 24 horas em Cozinha (as vezes até que gostaria, mas não posso). Mas gosto de comer bem....
Amo experimentar novos sabores, combinações e ingredientes, mas nem sempre os que saem das minhas mãos.
As vezes o simples e básico arroz com feijão feitos por outra pessoa já soa como comida diferente.
E num destes compromissos a trabalho externos, na volta, pensando ainda no que "inventar" para o almoço é que lembrei da minha querida Márcia Rosa, blogueira também e que pilota o Restaurante Casinha Doce, no bairro do Brooklin, em São Paulo.
Não pensei duas vezes, pedi que meu "sócio" encontrasse um lugar para estacionar e fomos conhecer (ele está meio invocado porque o trato de Rei no blog, afinal, a "Corte" nem tem sido tão enjoada assim para comer). Tá bom, sócio também é na parte comercial....então....meu "cúmplice" cai melhor....


Sem me identificar (não queria ser tratada melhor ou diferente porque era conhecida), entramos, perguntamos como funcionava e nos esbaldamos com um buffet fresquíssimo de pratos frios e quentes e com opções que fogem ao tradicional no quesito apresentação e criatividade.


As sobremesas são uma tentação. E fiquei na dúvida qual escolher. Juro que vou voltar numa tarde, com espaço suficiente para provar algumas delas que ficaram só na vontade.


O atendimento é impecável: pessoas que te recebem com um sorriso no rosto, com a clara impressão que o que fazem, fazem com prazer, sempre simpáticos e gentis.


Depois da sobremesa e do cafézinho, hora de me identificar e conhecer a encantadora Márcia Rosa! E ela é exatamente do jeitinho que eu a imaginava: meiga, sorridente e um astral danado de alto!


Que pena que como foi uma passagem ao acaso, não levei minha câmera para registrar o nosso encontro e as delícias que provei (não me esqueço de um enroladinho de cenoura e um linguini com bacalhau simplesmente maravilhosos!).


Fica aqui a minha dica (e só indico o que provo e aprovo, sem fazer médias!).
Para um almoço caseiro e delicioso na Zona Sul de Sampa ou para encomendar doces, bolos e tortas DIVINOS:




Av. Portugal, 139 - Brooklin - São Paulo (Do ladinho da Casa da Arte)

Horário de funcionamento
Segunda a sexta, das 11:30 às 15:00hs (horário funcionamento do almoço). Para pedidos, encomendas e retiradas: das 7:00 às 16:30h.
Telefone (11) 5092-9045
Blog da Márcia com receitas da Casinha: http://blog.acasinha.com.br/


Foto: www.acasinha.com.br





terça-feira, 27 de outubro de 2009

Dica! Cogumelos Mazzei - Circuito das Frutas - Jarinu




Bem próximo à São Paulo (menos de 1 hora) você chega a Rota do Circuito das Frutas.

O termo foi criado por uma Associação que organizou vários Produtores Rurais dos 10 municípios que compõe o Circuito (Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu (o segundo melhor clima do mundo segundo a Unesco!), Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo, a fim de explorar o Turismo Rural.

Além de produtores de frutas da região (uvas, pêssegos, figos, caquis) entram na Rota vários Restaurantes, Adegas, Apiários, Herbários, Pesqueiros, Orquidários, Produtos típicos, Artesanato e Hospedagem.

Bom, não é nenhum segredo que eu amo fazer Turismo Rural.

Já visitei várias destas propriedades e vou postar aos poucos as minhas impressões, fotos e dicas desta região tão linda, tão rica e tão pouco conhecida. Como são muitas, ainda tenho que voltar para conhecer as poucas que faltam .

A primeira delas é a Cogumelos Mazzei. Ou como todos conhecem pela região, os Cogumelos do Gian. Fomos super bem recebidos por ele próprio e sua esposa, Miriam.

Eles produzem 9 tipos diferentes de cogumelos (Champignon de Paris, Porto Belo, Shiitake, Pleurotus, Pleurotus Eryngii, Hericium Erinaceus, Flammulina Velutipes, Pholiota Nameko e Maitake - alguns eu nem sabia da existência!!)

Para uma apaixonada por cogumelos como eu, foi como entrar num parque de diversões...

O Gian e a Miriam esbanjam simpatia ao mesmo tempo em que explicam e mostram com toda paciência os detalhes da produção.


Estufa com temperatura e umidade monitoradas.





Lá ainda são vendidos vários tipos de conservas, antepastos, doces, vinhos, cachaças (parceria com outros produtores) as “estrelas” da casa, os Cogumelos, na forma in-natura, em conserva, secos, ou como ingrediente dos inusitados salames, como o que combina Javali com Cogumelos, Frango com Cogumelos, ou ainda um que leva Mignon, Bacon, Alcaparras, Tomate Seco e Cogumelos, entre outras variedades.

Ah, os preços são de produtor mesmo!

Eles ainda fornecem os variados tipos de cogumelos para os Empórios classe AAA de Sampa (aqueles mesmos com nomes de Santa que vocês estão pensando!).











Recomendo, vale a pena visitar!


Av. São Luiz, 448 - Bairro Maracanã - Jarinu - SP
Fone (11) 4016-3601
Horário de Atendimento:
De Segunda à Sexta: 8:00 às 17:00 h
Sábados: 8:00 às 15:00 h
Domingos: 8:00 às 13:00 h

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Mercadão de São Paulo para Crianças



Como o Dia das Crianças está chegando, o Mercado Municipal Paulistano vai comemorar a data de uma forma criativa: entre os dias 13 e 16 de outubro, organizará visitas monitoradas especiais para o público infantil. Só poderá participar quem tem até dez anos de idade – a presença de um responsável é obrigatória. A criançada, e também os pais, poderão conhecer, de uma forma divertida, um pouco mais sobre a história do Mercadão e dos boxes.


Os passeios duram cerca de 1 hora e acontecerão em cinco horários diferentes. O primeiro começa às 8h30, e o último às 14h30. Cada uma tem capacidade máxima de 20 pessoas, incluindo os acompanhantes.

No trajeto, as crianças passarão por 10 boxes que vendem sucos, frutas, pães e peixes e aprenderão um pouco mais sobre as propriedades destes alimentos e degustar algumas delícias. Também vão visitar o box do Instituto Pró-verde, onde terão uma aula sobre educação ambiental e aprenderão a importância de substituir as sacolas de plástico pelas de pano para a preservação do meio ambiente.

Fazem parte do roteiro os seguintes boxes – lembrando que o roteiro não é fixo pode mudar a cada visita: Lanches e Sucos Naturais Don D’aju, Frutaria Casa Gonsalez, Padaria Paulistana, Empório Chiapetta, Queijos Roni, Bar do Mané, Frango Feliz, Casas Quintas de Feijoada, Peixaria Renato Rabelo e Instituto Pró-verde: Sacolas Ecológicas.

SERVIÇO
Evento: Visitas monitoradas para crianças

Data e horário: 13 a 16 de outubro, das 8h30 às 14h30
Inscrições: Gratuitas – até 10 de outubro, das 9 às 16 horas – pelo telefone: 3313-2444
Local: partida e chegada no Mercado Gourmet – Rua da Cantareira, 306 – mezanino

Fonte: Prefeitura de São Paulo

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Queijo Butirro



Se você já foi ao Mercado Municipal de São Paulo e não conhece a barraca de queijos do Roni, deixou de saborear queijos com verdadeiro sabor de queijo, feitos ainda de forma artesanal em São Sebastião da Grama, uma cidade no interior de São Paulo, quase divisa com Minas Gerais.
O Queijo Butirro produzido por ele é simplesmente delicioso.
Em razão dos meus cobaias habituais me perguntarem o que é e de onde vem é que resolvi postar sobre ele - Um Caccio Cavalo recheado com manteiga de primeiríssima qualidade, que fatiado, num pão francês crocante fresquíssimo, já me deixa feliz – sem precisar de qualquer outro acompanhamento!
A pequena barraca tem quase tudo relacionado a queijos de primeira linha. Mesmo com tantas variedades, a Mussarela é a mais vendida. Algumas das pizzarias mais conceituadas de São Paulo, como a Braz e a Veridiana, usam produtos Roni em suas redondas. Os restaurantes de Walter Mancini, na Rua Avanhandava, idem. "A pizza de Mussarela é o cartão de visita de toda casa. Se ela for boa, o resto do cardápio também é."
Além da Mussarela, o Minas Frescal e a Ricota também são de altíssima qualidade, tanto que esta última, é a preferida entre vários chefs de cozinha que buscam no Mercadão, matéria prima para suas criações.
Deu vontade?

Rua D n° 2- Mercado Municipal
São Paulo - SP
Tel:(11) 3326-1488.


Querida (o)s que me acompanham no Zakuskas: Desculpem a ausência cada vez mais espaçada, é o trabalho que toma também o tempo que amo dedicar a minha cozinha e aos blogs amigos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dica! Alcachofras de São Roque


No final de semana fomos fazer turismo rural numa cidade a apenas 60 Km de São Paulo - São Roque, para conhecer uma Fazenda de Alcachofras, uma vez que a colheita teve início neste mês de setembro e vai até dezembro.

Como "São Pedro" ajudou e, contrariando as previsões dos metereologistas, não caiu uma gota de chuva, foi o passeio perfeito, pois tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre esta flor-alimento e colher alcachofras diretamente no pé!

Além de São Roque, municípios vizinhos (Ibiúna, Mairinque e Capão Bonito) formam um pólo que produzem 85% das alcachofras consumidas no país.






Na lojinha da Fazenda Bonsucesso você degusta os vários tipos de conservas e pratos feitos com (claro) alcachofra, além de outras com berinjela, sardela....




Além da Fazenda Bonsucesso, pelo caminho, você vai ver placas de inúmeras propriedades que abrem suas porteiras para que você colha suas alcachofras!!!



São Roque não vive só desta flor!!!
Pela belíssima Estrada do Vinho, existem inúmeras Vinícolas.

Não deixe de conhecer os Doces Santa Adélia......um lugar especialmente lindo, principalmente para quem tem crianças, com muito verde, fazendinha, play ground e claro, doces maravilhosos.
Ah, fazem também pastéis de.....alcachofras......


À partir do dia 09 de outubro, as sextas, sábados, domingos e feriados, até 02 de novembro, vai acontecer a 17ª. Expo São Roque, uma feira de Alcachofras e Vinhos, onde como atrações haverá a pisa da uva, stands das vinícolas da cidade, mercado da alcachofra, restaurantes especializados em alcachofra, bandas, grupos regionais, shows, enfim, um evento com inúmeras atrações.

Confira programação e informações no www.exposaoroque.com.br



"Ao saborear uma alcachofra, além de consumir um poderoso alimento, você estará se deliciando com uma flor exótica e medicinal. Conheça aqui, as virtudes dessa delícia.

Na verdade, a alcachofra (Cynara scolymus) que consumimos é uma flor imatura, pertencente à mesma família das margaridas e dos girassóis - a família das Compostas. Conta-se que ela saiu do jardim e foi para a mesa na época do Império Romano, quando suas propriedades nutritivas e medicinais foram descobertas e a alcachofra passou a ser privilégio apenas da mesa de nobres e reis. Hoje, felizmente, não é preciso ser nobre para desfrutar deste privilégio (apesar do preço ser às vezes proibitivo!).

Considerada uma iguaria exótica, esta hortaliça parece ter sido feita para ser deliciada a cada pétala e não para ser devorada. Afinal, dela consumimos apenas a parte carnuda das "pétalas" e o "fundo" da flor, depois de retirados os espinhos. O trabalho é compensador, se levarmos em conta suas excelentes propriedades nutritivas e medicinais: a cada 100g comestíveis, encontramos boas doses de vitaminas do complexo B, potássio, cálcio, fósforo, iodo, sódio, magnésio e ferro. A lista de suas qualidades terapêuticas também é digna de registro. Para começar, o sabor amargo estimula as secreções digestivas. A água do cozimento da alcachofra é um verdadeiro chá de efeito diurético, estimulante da vesícula biliar e ativador da digestão.

Aliás, a alcachofra é considerada um eficiente auxiliar da digestão e a ciarina – substância encontrada na planta – pode melhorar as funções do fígado. A medicina popular já consagrou esta iguaria como um perfeito alimento-remédio, ideal para as pessoas com problemas hepáticos e para os diabéticos.

Várias experiências realizadas com o extrato da alcachofra atestaram sua eficiência na redução do excesso de gordura no sangue, porém, o simples fato de consumí-la já traz inúmeras vantagens, entre elas, o poder de combater anemias e raquitismo, pela boa dose de ferro e vitamina C que contém.

Proibida para mulheres?

Quando se fala em alcachofra é preciso esclarecer alguns enganos. No início do texto as palavras pétalas e fundo aparecem entre aspas. Isso porque o que se chama de "flor" na planta é, na verdade, uma inflorescência. A flor é constituída por um capítulo de grandes dimensões do qual consumimos apenas o receptáculo carnudo – chamado "fundo ou coração da alcachofra". As partes chamadas impropriamente de pétalas são as brácteas da planta.

Feita a observação, vale a pena lembrar que as alcachofras sempre tiveram suas propriedades reconhecidas. Na Antigüidade, elas já eram utilizadas pelos médicos no preparo de medicamentos contra a febre, doenças do fígado, reumatismo e até como antidepressivo. Mas convém contar uma passagem não tão gloriosa desta planta: ao que parece, por volta do século XVI, o consumo da alcachofra na França chegou a ser proibido para mulheres. É que a esposa do rei Henrique II, a italiana Catarina de Médicis, adorava alcachofras e corria a fama de que a iguaria era um poderoso afrodisíaco. O comportamento da esposa do rei não devia ser muito exemplar, pois, juntando uma coisa com a outra, acharam que as damas não deviam comer alcachofras e viram por bem, proibir o consumo apenas pelas mulheres.

Perfeita no prato

As alcachofras foram trazidas para o Brasil pelos imigrantes europeus, há cerca de 100 anos. Nativa do sul da Europa e norte da África é uma planta de clima temperado a frio (média de 20 graus C) e áreas úmidas. Em regiões quentes vegeta bem, mas não forma os botões florais comestíveis.

De agosto a novembro, estamos em plena época de colheita da alcachofra. É quando a encontramos com ótima qualidade e melhores preços. São quatro as variedades mais encontradas no mercado: Violeta de Proença, Roxa de São Roque, Verde Lion e Verde Grande da Bretanha.

A maioria dos nutricionistas concorda: o ideal é consumir a alcachofra no mesmo dia da compra, pois ela começa a perder suas qualidades logo depois de colhida. Na hora da compra, recomenda-se escolher as que apresentarem talo longo e inflorescência firme e bem arroxeada. Para os apreciadores desta flor comestível, os "espinhos" só devem ser retirados após o cozimento - é quando chegamos ao gran finale da iguaria: o famoso fundo da alcachofra. Outro detalhe: recomenda-se consumir a planta logo após o cozimento ou preparo, para melhor aproveitamento de suas propriedades medicinais e nutricionais.

Dicas para preparar a alcachofra:

Corte o talo perto da base e lave a alcachofra em água corrente abrindo bem as pétalas para que a água penetre.

Deixe de molho em água com sal e algumas gotas de limão ou vinagre para não escurecer.

No cozimento, use panelas esmaltadas ou em aço inoxidável. As panelas de alumínio escurecem a alcachofra.

O tempo médio de cozimento é de aproximadamente 40 minutos, dependendo do tamanho e idade da alcachofra. Em panela de pressão o tempo cai para uns 20 minutos.Para saber se a alcachofra está cozida, é só puxar uma folha: se ela se soltar com facilidade é porque está no ponto.

No cozimento, evite o excesso de água: coloque o suficiente para cobrir metade da alcachofra.

Os talos das alcachofras também podem e devem ser aproveitados. Para isso, é só retirar a parte fibrosa que os envolve, descascando-os com uma faca. Depois, deixe os talos mergulhados em água com limão ou vinagre durante alguns minutos e leve para cozinhar por 30 minutos ou 15 minutos em panela de pressão."

Fonte: Jardim de Flores



As receitas com alcachofra virão aos poucos.....elas ainda estão na cozinha esperando um destino a altura de tanta nobreza......